As músicas de José Cid, praticamente desde o inicio da sua carreira e até aos nossos dias, têm sido objecto de inúmeras versões, cantadas pelos mais diversos artistas, dentro de enumeras correntes musicais. Exemplo disso é o recente disco de Susana Félix, “Nós” na qual esta interpreta a canção Vinte anos, de José Cid.
Curiosamente algumas das canções com letra e autoria de José Cid foram primeiramente gravadas por outros artistas, sendo só mais tarde foram gravadas em nome próprio por José Cid. De rápida memória lembramo-nos, por exemplo, de “Gloria Aleluia” por Tonicha e Simone de Oliveira, “Amanhã, amanhã” por José Cheta e de "Big Brother Joe", por Edmundo Falé, entre muitas outras. Menos conhecido é o facto de algumas das canções de José Cid terem sido literalmente parodiadas por outros artistas, uns assumidos cantores ou actores, outros assumidamente comediantes e até por fadistas aspirantes a humoristas, que mais tarde elencaremos.
A peculiar ( e divertida )versão sobre a qual nos debruçamos hoje é a paródia de “Anita não é bonita “idealizada por Eduardo Damas e transformada em disco em disco com o título travestido de “A Anita já é bonita”, cantada pela conhecida actriz Florbela Queiroz.
Para os mais novos (geração na qual nos incluímos) poderá causar alguma estranheza tal versão ter sido interpretada por Florbela Queiroz. No entanto, a carreira artística de Florbela Queiróz teve desde sempre associada não só ao teatro, como também ao mundo da canção, não sendo excessivo dizer mesmo que durante a década de 60 e inícios da década de 70 a representação e a canção andaram de mãos dadas na vida artística de Florbela Queiroz. Aliás, são mesmo um regalo para os nossos ouvidos as canções que Florbela Queiroz gravou para a Editora Tecla entre 1966 e 1967, coincidindo com os seus três primeiros EP's.
Não podendo, no entanto, Florbela Queiroz, transformar-se numa espécie de mulher dos sete instrumentos, devido às constantes exigências e solicitações que lhe eram impostas devido ao seu estatuto de mulher pin-up da altura, a carreira de Florbela Queiroz acabou por seguir o seu curso natural, sendo hoje conhecida, sobretudo, como uma mulher ligada ao teatro e à televisão, apesar de hoje Florbela Queiroz (artista com quase 60 anos de carreira – e não de idade) não se encontrar devidamente reconhecida pelos seus pares, sendo as solicitações para o teatro cada vez menos frequentes.
Quer se goste quer não da sua voz em finais de década de 70 (uma vez que as opiniões relativamente a esta questão são quase sempre antagónicas), a verdade é que o registo de “A Anita já é bonita” parece-nos encaixar que nem uma luva na voz de Florbela Queiroz e no ritmo acelarado desta canção. Quer se pensa tratar-se de humor vendido ao desbarato ou não, o certo que ao som desta canção a aldeã Anita que era feia, afinal passa a ser bonita bastando para isso uma idas a Lisboa a um instituto de beleza para corrigir alguns dos seus defeitos de rosto e não só (para os mais atentos, é feita uma referência ao facto de a própria Anita ter levantado as “maminhas...”).
Para finalizar este texto, deixamos uma pequena referência ao facto de nesta canção/ paródia, existir uma referência expressa a Mogofores, terra onde José Cid continua a viver actualmente, sendo a única referência que conhecemos às terras do Mogo numa música referente a José Cid.
Curiosamente algumas das canções com letra e autoria de José Cid foram primeiramente gravadas por outros artistas, sendo só mais tarde foram gravadas em nome próprio por José Cid. De rápida memória lembramo-nos, por exemplo, de “Gloria Aleluia” por Tonicha e Simone de Oliveira, “Amanhã, amanhã” por José Cheta e de "Big Brother Joe", por Edmundo Falé, entre muitas outras. Menos conhecido é o facto de algumas das canções de José Cid terem sido literalmente parodiadas por outros artistas, uns assumidos cantores ou actores, outros assumidamente comediantes e até por fadistas aspirantes a humoristas, que mais tarde elencaremos.
A peculiar ( e divertida )versão sobre a qual nos debruçamos hoje é a paródia de “Anita não é bonita “idealizada por Eduardo Damas e transformada em disco em disco com o título travestido de “A Anita já é bonita”, cantada pela conhecida actriz Florbela Queiroz.
Para os mais novos (geração na qual nos incluímos) poderá causar alguma estranheza tal versão ter sido interpretada por Florbela Queiroz. No entanto, a carreira artística de Florbela Queiróz teve desde sempre associada não só ao teatro, como também ao mundo da canção, não sendo excessivo dizer mesmo que durante a década de 60 e inícios da década de 70 a representação e a canção andaram de mãos dadas na vida artística de Florbela Queiroz. Aliás, são mesmo um regalo para os nossos ouvidos as canções que Florbela Queiroz gravou para a Editora Tecla entre 1966 e 1967, coincidindo com os seus três primeiros EP's.
Não podendo, no entanto, Florbela Queiroz, transformar-se numa espécie de mulher dos sete instrumentos, devido às constantes exigências e solicitações que lhe eram impostas devido ao seu estatuto de mulher pin-up da altura, a carreira de Florbela Queiroz acabou por seguir o seu curso natural, sendo hoje conhecida, sobretudo, como uma mulher ligada ao teatro e à televisão, apesar de hoje Florbela Queiroz (artista com quase 60 anos de carreira – e não de idade) não se encontrar devidamente reconhecida pelos seus pares, sendo as solicitações para o teatro cada vez menos frequentes.
Quer se goste quer não da sua voz em finais de década de 70 (uma vez que as opiniões relativamente a esta questão são quase sempre antagónicas), a verdade é que o registo de “A Anita já é bonita” parece-nos encaixar que nem uma luva na voz de Florbela Queiroz e no ritmo acelarado desta canção. Quer se pensa tratar-se de humor vendido ao desbarato ou não, o certo que ao som desta canção a aldeã Anita que era feia, afinal passa a ser bonita bastando para isso uma idas a Lisboa a um instituto de beleza para corrigir alguns dos seus defeitos de rosto e não só (para os mais atentos, é feita uma referência ao facto de a própria Anita ter levantado as “maminhas...”).
Para finalizar este texto, deixamos uma pequena referência ao facto de nesta canção/ paródia, existir uma referência expressa a Mogofores, terra onde José Cid continua a viver actualmente, sendo a única referência que conhecemos às terras do Mogo numa música referente a José Cid.
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