Imediatamente a seguir ao sucesso de José Cid no Festival Eurovisão da Canção de 1980 a sua produção discográfica não se manifestou através da gravação de discos de originais. Nesse ano foram lançados para o mercado o duplo LP “ Os grandes, grandes sucessos de José Cid” ( da Orfeu), bem como a colectânea autorizada pela Valentim de Carvalho à etiqueta brasileira Arlequim, simplesmente denominada “José Cid”( que reunia igualmente alguns dos sucessos de José Cid e dois inéditos ) De igual modo, no ano seguinte, apesar do lançamento do single "Um rock dos bons velhos tempos", optou-se pela mesma linha do ano anterior, com o duplo L.P. “ Grandes Êxitos N.º 2”, que, no fundo, mais não era do que a continuação da colectânea de 1980, embora com a inclusão de alguns temas inéditos. Dessa forma, o regresso de José Cid ao discos de originais só sucedeu em 1982, com o álbum “ Magia” ( Orfeu, FPAT 6020), com arranjos repartidos entre os suspeitos do costume ( José Cid e Mike Sergeant) e ainda Shegundo Galarza, conhecido maestro ( pai do baterista Ramón Galarza) que pontualmente cuidou da direcção artística de alguns dos temas de José Cid nos anos 70 e 80 e, em especial, neste disco.
Com excepção da bonita balada “ Desencontro”, que na altura teve alguma divulgação e sucesso, podemos dizer que “Magia”, não foi, comercialmente, o disco com mais sucesso de José Cid, uma vez que no seu alinhamento não vinha incorporada qualquer canção pop/rock que pudesse transpôr as barreiras rumo ao sucesso. “Magia”, apesar de se considerar um disco de musica ligeira com suaves tendências pop/rock, é, acima de tudo, um disco com um carácter pouco comercial, se atendermos ao alinhamento das canções, quase todas elas calmas canções de amor, sem grandes desenfreadas correrias rítmicas e sem artificios de estúdio. Bem pelo contrário; a predominância do piano de José Cid atravessa quase todo o disco, unido à sua voz, que pela primeira vez, evidencia um José Cid envolto num romantismo jamais evidenciado num LP até então. Os títulos das canções são todos eles sugestivos e a escolha de Shegundo Galarza para conduzir os arranjos (orquestrais) de quatro dos dez temas que compõem o alinhamento do disco, aprofundou ainda mais o romantismo daquele registo musical. Inconscientemente ou não, “Magia” acabou por surgiu em plena década de 80, completamente ao arrepio das expectativas que eram depositadas em José Cid após a sua participação no Festival Eurovisão da Canção. Para quem ansiava pular e saltar com aquele disco, tal não passou de uma autêntica desilusão. No entanto, para aqueles que preferiam uma nova viragem discográfica de D. Camaleão, “Magia” acabou por ser o início das constantes mutações nas roupagens musicais que José Cid foi vestindo e despindo ao longo de toda a década de 80.
“Magia”, não viu até hoje a sua reedição em CD, estando, no entanto já assegurada a total transposição das canções deste disco em formato digital em várias colectâneas, nomeadamente através das Antologias “Nasci para a música” e “Antologia # 2”. A título meramente exemplificativo, deixamos hoje ao ouvinte, um excerto da canção “ Na manhã do meu viver”, composição que apesar de ter sido incluída antes como inédito no duplo LP “ Grandes Êxitos N.º 2”, viu também sua inclusão no álbum “Magia” mais do que justificada pela temática que gira em torno deste disco. Trata-se, conforme já se aflorou em mensagem anterior, de uma canção sucedânea de “ Springtime of my life” ( versão em inglês de “Na manhã do meu viver” ), escrita e gravada sensivelmente um ano antes em Los Angeles para a editora Family e que, curiosamente, só após o lançamento de Magia, veio a ser incluída num disco de José Cid ( mais concretamente “ Portuguesa Bonita”, de 1983). Para além dos já referidos “Magia” e “ Grandes Êxitos N.º 2”, “ Na manhã do meu viver” pode ser encontrada em excelente qualidade sonora na “Antologia # 2”.
Com excepção da bonita balada “ Desencontro”, que na altura teve alguma divulgação e sucesso, podemos dizer que “Magia”, não foi, comercialmente, o disco com mais sucesso de José Cid, uma vez que no seu alinhamento não vinha incorporada qualquer canção pop/rock que pudesse transpôr as barreiras rumo ao sucesso. “Magia”, apesar de se considerar um disco de musica ligeira com suaves tendências pop/rock, é, acima de tudo, um disco com um carácter pouco comercial, se atendermos ao alinhamento das canções, quase todas elas calmas canções de amor, sem grandes desenfreadas correrias rítmicas e sem artificios de estúdio. Bem pelo contrário; a predominância do piano de José Cid atravessa quase todo o disco, unido à sua voz, que pela primeira vez, evidencia um José Cid envolto num romantismo jamais evidenciado num LP até então. Os títulos das canções são todos eles sugestivos e a escolha de Shegundo Galarza para conduzir os arranjos (orquestrais) de quatro dos dez temas que compõem o alinhamento do disco, aprofundou ainda mais o romantismo daquele registo musical. Inconscientemente ou não, “Magia” acabou por surgiu em plena década de 80, completamente ao arrepio das expectativas que eram depositadas em José Cid após a sua participação no Festival Eurovisão da Canção. Para quem ansiava pular e saltar com aquele disco, tal não passou de uma autêntica desilusão. No entanto, para aqueles que preferiam uma nova viragem discográfica de D. Camaleão, “Magia” acabou por ser o início das constantes mutações nas roupagens musicais que José Cid foi vestindo e despindo ao longo de toda a década de 80.
“Magia”, não viu até hoje a sua reedição em CD, estando, no entanto já assegurada a total transposição das canções deste disco em formato digital em várias colectâneas, nomeadamente através das Antologias “Nasci para a música” e “Antologia # 2”. A título meramente exemplificativo, deixamos hoje ao ouvinte, um excerto da canção “ Na manhã do meu viver”, composição que apesar de ter sido incluída antes como inédito no duplo LP “ Grandes Êxitos N.º 2”, viu também sua inclusão no álbum “Magia” mais do que justificada pela temática que gira em torno deste disco. Trata-se, conforme já se aflorou em mensagem anterior, de uma canção sucedânea de “ Springtime of my life” ( versão em inglês de “Na manhã do meu viver” ), escrita e gravada sensivelmente um ano antes em Los Angeles para a editora Family e que, curiosamente, só após o lançamento de Magia, veio a ser incluída num disco de José Cid ( mais concretamente “ Portuguesa Bonita”, de 1983). Para além dos já referidos “Magia” e “ Grandes Êxitos N.º 2”, “ Na manhã do meu viver” pode ser encontrada em excelente qualidade sonora na “Antologia # 2”.
Clique no Play para ouvir um excerto da canção
3 comentários:
O disco em inglês não é de 80. Já li em qualquer lado refer~encias a partiicpações no Midem (não sei se de 80 ou 81).
O "Na Cabana Cabana..." esteve na Oti. Foi lançado em single?
Deixo aqui uma noticia que emcontrei:
http://pfnews.blogs.sapo.pt/386401.html
Boa noite. O disco " My Music" é de 1980, antes da Eurovisão, disso nao tenho duvidas. Aliás, é a propria contra capa do disco que o enuncia.
Em relação a "Sprintime of my life", não lhe conheço a versão single, pois penso que naõ saiu em single. Se saiu, foi para o mercado internacional.
Que eu saiba, "na cabana junto à praia, nunca foi lançado em single". Saiu no LP " Canta Coisas suas".
Muito obrigado pela noticia, mais uma curiosidade, que desconhecia ( e para explorar no futuro). Um abraço . J.P.
José Cid no blog musicasdeontemedehoje.blogspot.com com o seu grande sucesso "Um grande, grande amor".
PS: já assinaste a petição para o musical? Assina: http://www.josecid-omusical.com/
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