José Cid. Será que, passados quarenta anos de canções, ainda é necessário escrever mais meia dúzia de linhas sobre um homem que ao longo das últimas cinco décadas mais não fez do que escrever também ele próprio várias páginas da história da música portuguesa?
Entendemos que sim. No entanto, a sinceridade impõe-se desde já: temos que referir que José Cid sempre esteve (e sempre estará) longe de ser uma figura unânime no panorama musical português. Tal como o Artista canta no tema “ Epitáfio”, José Cid continua a ser, como sempre foi, um incompreendido na música portuguesa, pese embora o novo “boom” e sucesso que actualmente voltou a ter. Por muito que custe admitir a muita boa gente, que não gosta do estilo ou das declarações polémicas do artista, José Cid sempre esteve à frente do seu tempo e, claro, à frente do tempo de todos os outros músicos.
José Cid foi um inovador a todos os níveis, não só pelos instrumentos que desde muito cedo introduziu nas canções que compunha mas, acima de tudo, em termos musicais propriamente ditos. Numa perspectiva mais arrojada, podemos mesmo dizer que José Cid( e o Quarteto 1111) é a linha de divisão entre tudo aquilo que se fez no período temporal que mediou o antes e o depois do Rock português.
Antes do Quarteto 1111, não existia propriamente identidade do chamado “rock” português ( até então claramente importado do exterior, de raízes anglo-saxónicas baseado, ou em versões coladas aos temas dos compositores estrangeiros mais famosos da altura ou então em mesclas de musica ligeira e pop rock de temas tradicionais portugueses de conteúdo oco). Com o Quarteto 1111, e especialmente com José Cid enquanto figura transversal de todos os projectos a que esteve ligado, a história do Rock português mudará para sempre.
Foi com José Cid e com o Quarteto 1111, que surgiu o verdadeiro rock português de identidade própria.De certa forma, Rui Veloso começou onde José Cid parou. Conforme diz o Artista em entrevista, quando surgiu o chamado boom do rock português ( com o estrondoso sucesso de Rui Veloso com o single “ Chico Fininho” e a rockmania portuguesa associada a loucos bailes de liceu ) já José Cid tinha composto e gravado 10(mil)anos antes( e em português) o que estes novos músicos começavam então a tentar gravar. Foi nesta altura, início dos anos 80, que o Artista optou por explorar novas sonoridades (como é seu apanágio) ou a dedicar-se a outros projectos, que com o passar dos anos, lhe deram uma dimensão camaleónica, uma capacidade de surpreender constantemente todos os seus seguidores, explorando todos os estilos de música inimagináveis (sempre com qualidade). Da nossa parte, afirmamos categoricamente que José Cid é o pai do Rock português ( qual avô ? Qual mãe ?) e que necessariamente, todos os que se seguiram têm que ser considerados seus filhos ou, para aqueles que não gostam do Artista, enteados.
José Cid, tendo sido um inovador e explorador de novos caminhos, deixou a sua marca na história da música portuguesa, de tal forma que a música portuguesa sem a sua existência não teria sido seguramente tão rica se José Cid, enquanto núcleo duro do Quarteto 1111, não tivesse aparecido antes.
Através deste blog pretendemos, sem entrar em fanatismos e Cidmanias, não só prestar um sincero tributo ao Artista, mas também divulgar “ a pouco e pouco” a obra do Artista, realçando a versatilidade de José Cid, enquanto explorador de todos os estilos que a música nos pode oferecer. Passaremos pelo Rock Progressivo, pela música popular, pelo jazz, fado, musica ligeira, pop, e por todos os outros estilos de música, que de momento nos escapam devido à imensidão da obra do Artista. Para já, como não poderia deixar de ser, deixamos um excerto do tema “D. Camaleão” ( Lado B do single “Romântico mas não trôpego”, Orfeu KST 581, de 1977), que dá nome a este blog. Fiquem então com esta história de D. Camaleão (não é nenhum auto retrato do artista), um tema simples onde a letra assume um papel fundamental. Voltaremos brevemente ( sempre românticos e de preferência nunca trôpegos...)
Entendemos que sim. No entanto, a sinceridade impõe-se desde já: temos que referir que José Cid sempre esteve (e sempre estará) longe de ser uma figura unânime no panorama musical português. Tal como o Artista canta no tema “ Epitáfio”, José Cid continua a ser, como sempre foi, um incompreendido na música portuguesa, pese embora o novo “boom” e sucesso que actualmente voltou a ter. Por muito que custe admitir a muita boa gente, que não gosta do estilo ou das declarações polémicas do artista, José Cid sempre esteve à frente do seu tempo e, claro, à frente do tempo de todos os outros músicos.
José Cid foi um inovador a todos os níveis, não só pelos instrumentos que desde muito cedo introduziu nas canções que compunha mas, acima de tudo, em termos musicais propriamente ditos. Numa perspectiva mais arrojada, podemos mesmo dizer que José Cid( e o Quarteto 1111) é a linha de divisão entre tudo aquilo que se fez no período temporal que mediou o antes e o depois do Rock português.
Antes do Quarteto 1111, não existia propriamente identidade do chamado “rock” português ( até então claramente importado do exterior, de raízes anglo-saxónicas baseado, ou em versões coladas aos temas dos compositores estrangeiros mais famosos da altura ou então em mesclas de musica ligeira e pop rock de temas tradicionais portugueses de conteúdo oco). Com o Quarteto 1111, e especialmente com José Cid enquanto figura transversal de todos os projectos a que esteve ligado, a história do Rock português mudará para sempre.
Foi com José Cid e com o Quarteto 1111, que surgiu o verdadeiro rock português de identidade própria.De certa forma, Rui Veloso começou onde José Cid parou. Conforme diz o Artista em entrevista, quando surgiu o chamado boom do rock português ( com o estrondoso sucesso de Rui Veloso com o single “ Chico Fininho” e a rockmania portuguesa associada a loucos bailes de liceu ) já José Cid tinha composto e gravado 10(mil)anos antes( e em português) o que estes novos músicos começavam então a tentar gravar. Foi nesta altura, início dos anos 80, que o Artista optou por explorar novas sonoridades (como é seu apanágio) ou a dedicar-se a outros projectos, que com o passar dos anos, lhe deram uma dimensão camaleónica, uma capacidade de surpreender constantemente todos os seus seguidores, explorando todos os estilos de música inimagináveis (sempre com qualidade). Da nossa parte, afirmamos categoricamente que José Cid é o pai do Rock português ( qual avô ? Qual mãe ?) e que necessariamente, todos os que se seguiram têm que ser considerados seus filhos ou, para aqueles que não gostam do Artista, enteados.
José Cid, tendo sido um inovador e explorador de novos caminhos, deixou a sua marca na história da música portuguesa, de tal forma que a música portuguesa sem a sua existência não teria sido seguramente tão rica se José Cid, enquanto núcleo duro do Quarteto 1111, não tivesse aparecido antes.
Através deste blog pretendemos, sem entrar em fanatismos e Cidmanias, não só prestar um sincero tributo ao Artista, mas também divulgar “ a pouco e pouco” a obra do Artista, realçando a versatilidade de José Cid, enquanto explorador de todos os estilos que a música nos pode oferecer. Passaremos pelo Rock Progressivo, pela música popular, pelo jazz, fado, musica ligeira, pop, e por todos os outros estilos de música, que de momento nos escapam devido à imensidão da obra do Artista. Para já, como não poderia deixar de ser, deixamos um excerto do tema “D. Camaleão” ( Lado B do single “Romântico mas não trôpego”, Orfeu KST 581, de 1977), que dá nome a este blog. Fiquem então com esta história de D. Camaleão (não é nenhum auto retrato do artista), um tema simples onde a letra assume um papel fundamental. Voltaremos brevemente ( sempre românticos e de preferência nunca trôpegos...)
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1 comentário:
Parabéns pelo blog! Cá estaremos para assistir aos novos desenvolvimentos. Abraço
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