Continuamos a querer surpreender quem, por acaso, nos leia. Na mensagem de hoje, em vez de sermos nós a homenagear directamente o artista José Cid, deixamos antes um registo de uma homenagem que o próprio José Cid fez à música de raiz popular portuguesa, através de uma abordagem excepcional de um dos temas mais conhecidos do cancioneiro popular português: Milho Verde. Quem não conhece? Certamente já todos nós demos por nós a cantar esta famosa melodia, popularizada por José Afonso no seu mítico albúm “Cantigas do Maio” de 1971. O que nem todos conhecerão, certamente, é o encontro informal entre o nosso cancioneiro popular e o jazz que José Cid nos oferece no seu disco de 1998 e, mais concretamente, na sua peculiar versão dessa canção..
Com o disco “Cais do Sodré" ( BMG 1998), todo ele gravado ao primeiro take ( tal como um verdadeiro disco de jazz assim o impõe), José Cid, mostra melhor do que em qualquer um outro disco, o verdadeiro gosto que tem em improvisar as suas canções enquanto canta.
Tal como refere na contracapa do seu disco de 1987 (“Fado de Sempre”), o fado e o jazz são as duas formas que José Cid mais gosta de abordar pela sua simplicidade, pureza e também, claro está, pela forma como esses dois géneros musicais conduzem o intérprete ao improviso. Pois bem, no tema que hoje partilhamos com o leitor, podemos encontrar um tema tradicional vestido com uma roupagem de jazz, mas sem nunca perder de vista a estrutura da canção original e sem desrespeitar a sua primitiva génese. Aliás, a própria flauta que acompanha os devaneios vocais de José Cid neste tema também ela transporta o ouvinte para o imaginário dos campos de “verdes trigais em flor” e do universo campestre.
Após a audição deste tema, um melómano mais versátil tanto poderá decidir ouvir logo a seguir um disco do Grupo de Folclore do Rochão ou um disco da orquestra de jazz Count Basie, que ficará sempre satisfeito. Da nossa parte, sugerimos em primeiro lugar, a audição do pequeno excerto do tema que colocamos à disposição do leitor, e posteriormente a audição da totalidade deste disco de jazz de José Cid, no qual o Artista assina um dos seus melhores registos vocais de sempre.
Por fim, resta-nos realçar que não é fácil fazer uma versão de um tema original e muito menos de um tema do universo popular de um povo, com todo o simbolismo geracional que as canções populares trazem consigo. Entendemos, numa opinião modesta, que para versionar um tema jamais se poderá cair no ponto do irreconhecível. Deve ser sim, aquilo que o Artista tão bem soube fazer neste tema: vestir o nú da canção sem a mudar de cor. Na nossa opinião, este tema é simplesmente fabuloso e a verdadeira prova de que D. Camaleão é também ele um verdadeiro improvisador.
Com o disco “Cais do Sodré" ( BMG 1998), todo ele gravado ao primeiro take ( tal como um verdadeiro disco de jazz assim o impõe), José Cid, mostra melhor do que em qualquer um outro disco, o verdadeiro gosto que tem em improvisar as suas canções enquanto canta.
Tal como refere na contracapa do seu disco de 1987 (“Fado de Sempre”), o fado e o jazz são as duas formas que José Cid mais gosta de abordar pela sua simplicidade, pureza e também, claro está, pela forma como esses dois géneros musicais conduzem o intérprete ao improviso. Pois bem, no tema que hoje partilhamos com o leitor, podemos encontrar um tema tradicional vestido com uma roupagem de jazz, mas sem nunca perder de vista a estrutura da canção original e sem desrespeitar a sua primitiva génese. Aliás, a própria flauta que acompanha os devaneios vocais de José Cid neste tema também ela transporta o ouvinte para o imaginário dos campos de “verdes trigais em flor” e do universo campestre.
Após a audição deste tema, um melómano mais versátil tanto poderá decidir ouvir logo a seguir um disco do Grupo de Folclore do Rochão ou um disco da orquestra de jazz Count Basie, que ficará sempre satisfeito. Da nossa parte, sugerimos em primeiro lugar, a audição do pequeno excerto do tema que colocamos à disposição do leitor, e posteriormente a audição da totalidade deste disco de jazz de José Cid, no qual o Artista assina um dos seus melhores registos vocais de sempre.
Por fim, resta-nos realçar que não é fácil fazer uma versão de um tema original e muito menos de um tema do universo popular de um povo, com todo o simbolismo geracional que as canções populares trazem consigo. Entendemos, numa opinião modesta, que para versionar um tema jamais se poderá cair no ponto do irreconhecível. Deve ser sim, aquilo que o Artista tão bem soube fazer neste tema: vestir o nú da canção sem a mudar de cor. Na nossa opinião, este tema é simplesmente fabuloso e a verdadeira prova de que D. Camaleão é também ele um verdadeiro improvisador.
Clique no Play para ouvir um excerto da canção
Imagens reproduzidas da colecção particular do autor do blogue
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