É impossível esgotar todos os recursos e pensarmos que nada de novo haverá mais para apresentar sobre José Cid. Quem porventura pense assim está concerteza muito enganado. A diversidade artística e musical de José Cid é tão ampla que difícil para nós é decidir o que partilhar com o leitor, tão grande tem sido a panóplia de estilos e sonoridades musicais que José Cid tem escolhido para apresentar a sua arte. Depois de passarmos pelo Jazz e pelo disco sound, para hoje escolhemos um fado, ou melhor, um fado de sempre: “O rapaz da camisola verde” retirado do álbum com o mesmo nome (Fado de Sempre – Casablanca/Polygram – 834 149-1).
Como aflorámos já numa mensagem anterior, a relação de José Cid com o fado não é totalmente inexplorada, bem pelo contrário; para além de um ou outro fado constantes de lados B de singles lançados nos anos 80, em José Cid, “ esteve sempre presente essa alma de fadista amador que o leva a cantar frequentemente o Fado em tertúlias ou casas particulares. Este é um projecto adiado de 30 anos e simultaneamente uma homenagem aos fadistas que mais admiro e a alguns dos seus fados mais bonitos, inspirados pelo Fado de Sempre que cantaram””.(conforme escreve na contracapa do disco). Diga-se ainda, por não deixar de ser verdade, que José Cid, apesar de eternamente conhecido como um dos fundadores do rock português, nunca deixou de cantar fado, e fê-lo desde o início da sua carreira até aos nossos dias. No entanto, o único trabalho discográfico de José Cid inteiramente dedicado ao fado, apenas surgiu mais de duas décadas depois do seu primeiro registo discográfico com o Quarteto 1111, razão pela qual a faceta de José Cid cantor fadista não seja muito conhecida pelo público em geral
Com excepção da composição “ Eu canto a solidão que me tortura” de autoria de Maria Manuel Cid (prima de José Cid), todos os fados interpretados por José Cid neste disco pertencem aos fadistas que mais admira e que marcaram a história do Fado( de Lisboa), de cujo alinhamento se destacam Canoas do Tejo, Por morrer uma andorinha, ou o célebre fado do Embuçado, popularizado por João Ferreira Rosa. No entanto, e sem qualquer critério em especial, (pois não somos totalmente entendidos neste estilo musical) escolhemos para hoje um fado menos conhecido do público em geral: "O rapaz da camisola verde", com letra de Pedro Homem de Melo e música de Hermano da Câmara.
Infelizmente, este é mais um dos discos de José Cid que ainda não viu a luz do dia na versão CD, o que não se compreende.De facto, Fado de Sempre venceu apenas na primeira semana cerca de 40.000 cópias, num sinal evidente de que José Cid também sabe cantar fado e que, mesmo em termos comerciais, nenhuma razão existiria para temer pela reedição deste disco em formato CD com o pretexto de que não seria vendável, bem pelo contrário. Pese embora, a abordagem de José Cid em relação a essa questão, o que é certo é que até ao momento a editora tem preferido lançar novos artistas em deterimento da reedição desde disco, o que de certa forma se compreende . Contudo, essa estratégia de lançamento de novos talentos não poderá invalidar simultaneamente a recuperação e preservação de discos que, ao serem reeditados num formato mais práctico como é o do CD, poderão ser apreciados por muitos ouvintes como se de um novo lançamento se tratasse. Estamos em crêr que Fado de Sempre seria um desses exemplos. Da nossa parte, só podemos dizer que quem conhece outros fados interpretados pelo Artista como “ Fado da Capela Abandonada” ou “ Fado da Nossa Senhora”( que se encontram facilmente nos cds “Antologia #1 “ e Antologia # 2) e porventura pense que a sua alma de fadista se resume a esses temas está muito enganado. Aliás, o Artista que nos perdoe o atrevimento em opinar sobre uma matéria da qual nem aprendizes ainda somos: quem quiser ouvir José Cid de forma verdadeiramente sublime a cantar o fado, o verdadeiro fado de sempre, esqueça os lados B dos singles e procure (e oiça!) este disco. Só poderá concluir a sua audição com um sincero: “ Ah! Fadista!”. Aqui fica então um pequeno excerto do tema de hoje, retirado directamente do nosso disco de vinil, que tanto prezamos e guardamos com todo o cuidado… isto porque o vinil, se for bem conservado, é como o fado: vive para sempre.
Como aflorámos já numa mensagem anterior, a relação de José Cid com o fado não é totalmente inexplorada, bem pelo contrário; para além de um ou outro fado constantes de lados B de singles lançados nos anos 80, em José Cid, “ esteve sempre presente essa alma de fadista amador que o leva a cantar frequentemente o Fado em tertúlias ou casas particulares. Este é um projecto adiado de 30 anos e simultaneamente uma homenagem aos fadistas que mais admiro e a alguns dos seus fados mais bonitos, inspirados pelo Fado de Sempre que cantaram””.(conforme escreve na contracapa do disco). Diga-se ainda, por não deixar de ser verdade, que José Cid, apesar de eternamente conhecido como um dos fundadores do rock português, nunca deixou de cantar fado, e fê-lo desde o início da sua carreira até aos nossos dias. No entanto, o único trabalho discográfico de José Cid inteiramente dedicado ao fado, apenas surgiu mais de duas décadas depois do seu primeiro registo discográfico com o Quarteto 1111, razão pela qual a faceta de José Cid cantor fadista não seja muito conhecida pelo público em geral
Com excepção da composição “ Eu canto a solidão que me tortura” de autoria de Maria Manuel Cid (prima de José Cid), todos os fados interpretados por José Cid neste disco pertencem aos fadistas que mais admira e que marcaram a história do Fado( de Lisboa), de cujo alinhamento se destacam Canoas do Tejo, Por morrer uma andorinha, ou o célebre fado do Embuçado, popularizado por João Ferreira Rosa. No entanto, e sem qualquer critério em especial, (pois não somos totalmente entendidos neste estilo musical) escolhemos para hoje um fado menos conhecido do público em geral: "O rapaz da camisola verde", com letra de Pedro Homem de Melo e música de Hermano da Câmara.
Infelizmente, este é mais um dos discos de José Cid que ainda não viu a luz do dia na versão CD, o que não se compreende.De facto, Fado de Sempre venceu apenas na primeira semana cerca de 40.000 cópias, num sinal evidente de que José Cid também sabe cantar fado e que, mesmo em termos comerciais, nenhuma razão existiria para temer pela reedição deste disco em formato CD com o pretexto de que não seria vendável, bem pelo contrário. Pese embora, a abordagem de José Cid em relação a essa questão, o que é certo é que até ao momento a editora tem preferido lançar novos artistas em deterimento da reedição desde disco, o que de certa forma se compreende . Contudo, essa estratégia de lançamento de novos talentos não poderá invalidar simultaneamente a recuperação e preservação de discos que, ao serem reeditados num formato mais práctico como é o do CD, poderão ser apreciados por muitos ouvintes como se de um novo lançamento se tratasse. Estamos em crêr que Fado de Sempre seria um desses exemplos. Da nossa parte, só podemos dizer que quem conhece outros fados interpretados pelo Artista como “ Fado da Capela Abandonada” ou “ Fado da Nossa Senhora”( que se encontram facilmente nos cds “Antologia #1 “ e Antologia # 2) e porventura pense que a sua alma de fadista se resume a esses temas está muito enganado. Aliás, o Artista que nos perdoe o atrevimento em opinar sobre uma matéria da qual nem aprendizes ainda somos: quem quiser ouvir José Cid de forma verdadeiramente sublime a cantar o fado, o verdadeiro fado de sempre, esqueça os lados B dos singles e procure (e oiça!) este disco. Só poderá concluir a sua audição com um sincero: “ Ah! Fadista!”. Aqui fica então um pequeno excerto do tema de hoje, retirado directamente do nosso disco de vinil, que tanto prezamos e guardamos com todo o cuidado… isto porque o vinil, se for bem conservado, é como o fado: vive para sempre.
Clique no play para ouvir um excerto da canção
Sem comentários:
Enviar um comentário