Uma das frases mais conhecidas de José Cid (para além de “Faz-me favas com chouriço”) é, seguramente, aquela que os estudantes do Porto tiveram ocasião de ouvir em 2004 aquando do concerto de José Cid na Queima das Fitas dessa cidade: “ Se o Rui Veloso é o pai do rock português, então nesse caso eu sou a mãe!”
Quem ler esta frase, sem conhecer os artistas em questão e sem qualquer outro contexto que não o de festa estudantil, ficará imediatamente com a ideia que José Cid queria atacar o artista Rui Veloso e que a relação entre os dois é de extrema conflituosidade, como se lutassem os dois pelo ceptro de Pai do Rock Português. Não vamos entrar pela questão do pai do rock português, pois não é isso que mais nos interessa; o que pretendemos com a mensagem de hoje é partilhar convosco a homenagem que o próprio José Cid fez ao artista Rui Veloso em 1991 no seu disco duplo “ De par em par” (LP 848974-1 Casablanca/ CD LP 848974-1 Casablanca), através do tema “ Fã do Rui”. Um tema muito simples, de dois minutos, escrito numa época em que Rui Veloso conquistou o mercado discográfico com o duplo álbum “ Mingos e Samurais”, popularizado por temas como “ Baile da Paróquia” e “Não há estrelas no céu”, entre outros. Em sentido inverso, José Cid começava, nessa altura, a sua trajectória descendente em termos de sucesso discográfico, como o próprio ironiza na canção que hoje partilhamos com os leitores.
Temos, assim, a ironia como nota dominante nesta canção, não estivesse José Cid a contar-nos uma história muito simples de um homem, que num café de Cedofeita, se enamora por Lola, uma bela mulher que, no fim de contas, era um travesti!!! (Felizmente, o recepcionista da pensão onde Lola vivia alertou o desconhecido protagonista da história para esse facto, evitando surpresas e incómodos maiores...) Desesperado, o protagonista fugiu, tendo decidido tomar mais um copo, mas desta vez numa tasca da Ribeira, onde se deparou, segundos depois, a ver um programa na televisão, no qual um moço lá do Porto tocava ao piano o tema “ A Paixão” do Rivoli. Ora, esse moço de imediato lhe “ fez lembrar outro artista, outrora tão bem famoso, que também canta ao piano e que é fã do Rui Veloso”. Para bom entendedor meia palavra basta: José Cid ironiza sobre si próprio, sobre o sucesso que outrora teve, ao mesmo tempo que homenageia o artista mais famoso da altura, declarando-se seu fã. Um ouvinte mais atento e mais conhecedor da obra de Rui Veloso, encontra facilmente neste tema de José Cid reminiscências da sonoridade de “Mingos e samurais” e, claro, do tema Chico Fininho, do disco “Ar de Rock”.
“De par em Par” ( ou Jeans), pode não ter sido o disco mais conseguido de José Cid, não tendo dele sequer resultado grande sucesso ou single digno de registo. Mesmo assim pretendemos nesta pequena mensagem, por um lado, evitar o seu esquecimento e por outro lado, relembrar ao leitor que dos trinta e tal discos de José Cid lançados para o mercado desde que José Cid começou a cantar, o pior registo que alcançou foi a prata. Tudo o resto foi ouro, platina e duplas platinas. Logo...este disco só pode estar entre uma dessas categorias atrás enunciadas. Voltaremos brevemente.
Quem ler esta frase, sem conhecer os artistas em questão e sem qualquer outro contexto que não o de festa estudantil, ficará imediatamente com a ideia que José Cid queria atacar o artista Rui Veloso e que a relação entre os dois é de extrema conflituosidade, como se lutassem os dois pelo ceptro de Pai do Rock Português. Não vamos entrar pela questão do pai do rock português, pois não é isso que mais nos interessa; o que pretendemos com a mensagem de hoje é partilhar convosco a homenagem que o próprio José Cid fez ao artista Rui Veloso em 1991 no seu disco duplo “ De par em par” (LP 848974-1 Casablanca/ CD LP 848974-1 Casablanca), através do tema “ Fã do Rui”. Um tema muito simples, de dois minutos, escrito numa época em que Rui Veloso conquistou o mercado discográfico com o duplo álbum “ Mingos e Samurais”, popularizado por temas como “ Baile da Paróquia” e “Não há estrelas no céu”, entre outros. Em sentido inverso, José Cid começava, nessa altura, a sua trajectória descendente em termos de sucesso discográfico, como o próprio ironiza na canção que hoje partilhamos com os leitores.
Temos, assim, a ironia como nota dominante nesta canção, não estivesse José Cid a contar-nos uma história muito simples de um homem, que num café de Cedofeita, se enamora por Lola, uma bela mulher que, no fim de contas, era um travesti!!! (Felizmente, o recepcionista da pensão onde Lola vivia alertou o desconhecido protagonista da história para esse facto, evitando surpresas e incómodos maiores...) Desesperado, o protagonista fugiu, tendo decidido tomar mais um copo, mas desta vez numa tasca da Ribeira, onde se deparou, segundos depois, a ver um programa na televisão, no qual um moço lá do Porto tocava ao piano o tema “ A Paixão” do Rivoli. Ora, esse moço de imediato lhe “ fez lembrar outro artista, outrora tão bem famoso, que também canta ao piano e que é fã do Rui Veloso”. Para bom entendedor meia palavra basta: José Cid ironiza sobre si próprio, sobre o sucesso que outrora teve, ao mesmo tempo que homenageia o artista mais famoso da altura, declarando-se seu fã. Um ouvinte mais atento e mais conhecedor da obra de Rui Veloso, encontra facilmente neste tema de José Cid reminiscências da sonoridade de “Mingos e samurais” e, claro, do tema Chico Fininho, do disco “Ar de Rock”.
“De par em Par” ( ou Jeans), pode não ter sido o disco mais conseguido de José Cid, não tendo dele sequer resultado grande sucesso ou single digno de registo. Mesmo assim pretendemos nesta pequena mensagem, por um lado, evitar o seu esquecimento e por outro lado, relembrar ao leitor que dos trinta e tal discos de José Cid lançados para o mercado desde que José Cid começou a cantar, o pior registo que alcançou foi a prata. Tudo o resto foi ouro, platina e duplas platinas. Logo...este disco só pode estar entre uma dessas categorias atrás enunciadas. Voltaremos brevemente.
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Imagens reproduzidas da colecção particular do autor do Blogue
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