No início da década de 80, as Selecções do Reader’s Digest editaram uma caixa com 8 LP’s estereofónicos dedicada aos maiores intérpretes e compositores da música portuguesa com o nome de “ SUPER ESTRELAS DA MÚSICA PORTUGUESA”. Tal edição foi considerada, pelas próprias Selecções, como o acontecimento musical do ano. Tratou-se de um registo discográfico, exclusivo para assinantes, que reunia na mesma caixa de discos, nada mais nada menos, do que 96 canções, numa tentativa de compilação dos grandes sucessos de sempre da nossa música popular. Com excepção de um LP totalmente dedicado a Amália Rodrigues, cada um dos discos era dedicado a dois artistas, tendo cada um direito a uma face do disco só com canções por si interpretadas.
Os artistas que fizeram parte do elenco dos discos foram os seguintes: Amália Rodrigues, Gemini, Paco Bandeira, Tony de Matos, Maria Clara, Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, Duo Ouro Negro, Alfredo Marceneiro, Francisco José, Hermano da Câmara, Paulo de Carvalho, Maria Lurdes Resende, Tonicha e, claro está, José Cid. Curiosamente, Tonicha e José Cid, partilharam respectivamente o Lado A e lado B do disco 8, eles que já tinham gravado juntos com o Quarteto 1111 em 1968. Muitos mais artistas mereceriam ser incluídos nesse álbum, pois quando se pretende elaborar uma compilação de sucessos, questões relativas a direitos editoriais muitas vezes esbarram nas intenções dos mentores desse tipo de projectos, fazendo com que um ou outro artista tenha que ser necessariamente excluído. No entanto, cremos que parte dos artistas mais populares das décadas de 60 e 70 estão efectivamente reunidos neste disco.
Se esta colecção de discos é relativamente conhecida, o mesmo já não diremos do disco que apresentamos hoje. Trata-se de um disco flexível, amostra promocional da colecção SUPER ESTRELAS DA MÚSICA PORTUGUESA”, apresentado por António Sala, no qual se pode ouvir vários excertos das canções que compunham a colecção e as opiniões de vários intérpretes representados nesses discos, entre as quais as de Amália Rodrigues, Simone de Oliveira e José Cid.
Por um questão de rigor, iremos transcrever os dizeres constantes desse pequeno disco de vinil flexível: Disco Amostra Grátis/ Este disco destina-se unicamente a fins de demonstração. A qualidade do som não é de modo algum representativa da dos discos que compõem o Álbum. INSTRUÇÕES PARA UTILIZAÇÃO: Não utilizar com dispositivos de mudança automática de discos. Para melhor reprodução coloque aqui uma moeda de 1 escudo. Venda Proibida.”
Ora, precisamente depois de termos comprado este disco (por 50 cêntimos na Feira de Antiguidades de Coimbra) num estado lastimável e depois de o ter-mos conseguido pôr a tocar com duas moedas de 20 cêntimos na sua superfície, estamos agora em condições de partilhar com os leitores a opinião de José Cid sobre esse lançamento, do qual destacamos a seguinte frase: “.... a nossa música foi finalmente tratada como merece”. Pelo que conhecemos do Artista, acreditamos que José Cid em 1980, acreditava piamente no que estava a dizer.... Ironicamente, nessa altura José Cid ainda estava longe de saber que, uma década depois, teria que posar nú para uma revista em sinal de protesto pelo facto de a música portuguesa não estar a ser tratada como merecia, por não passar nas playlists das rádios portuguesas, em detrimento de música estrangeira.
Felizmente para nós, assistimos hoje a um novo interesse pela música portuguesa em geral, patente em programas de televisão e também em (algumas) rádios, o que nos deixa manifestamente satisfeitos, embora tenhamos consciência de que muito mais haverá a fazer e que nenhuma rádio portuguesa cumpre a legislação em vigor relativa às quotas de música portuguesa. Mas isso são outras questões... fiquem hoje com um excerto desse raro momento fonográfico, registado num disco flexível !
Os artistas que fizeram parte do elenco dos discos foram os seguintes: Amália Rodrigues, Gemini, Paco Bandeira, Tony de Matos, Maria Clara, Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, Duo Ouro Negro, Alfredo Marceneiro, Francisco José, Hermano da Câmara, Paulo de Carvalho, Maria Lurdes Resende, Tonicha e, claro está, José Cid. Curiosamente, Tonicha e José Cid, partilharam respectivamente o Lado A e lado B do disco 8, eles que já tinham gravado juntos com o Quarteto 1111 em 1968. Muitos mais artistas mereceriam ser incluídos nesse álbum, pois quando se pretende elaborar uma compilação de sucessos, questões relativas a direitos editoriais muitas vezes esbarram nas intenções dos mentores desse tipo de projectos, fazendo com que um ou outro artista tenha que ser necessariamente excluído. No entanto, cremos que parte dos artistas mais populares das décadas de 60 e 70 estão efectivamente reunidos neste disco.
Se esta colecção de discos é relativamente conhecida, o mesmo já não diremos do disco que apresentamos hoje. Trata-se de um disco flexível, amostra promocional da colecção SUPER ESTRELAS DA MÚSICA PORTUGUESA”, apresentado por António Sala, no qual se pode ouvir vários excertos das canções que compunham a colecção e as opiniões de vários intérpretes representados nesses discos, entre as quais as de Amália Rodrigues, Simone de Oliveira e José Cid.
Por um questão de rigor, iremos transcrever os dizeres constantes desse pequeno disco de vinil flexível: Disco Amostra Grátis/ Este disco destina-se unicamente a fins de demonstração. A qualidade do som não é de modo algum representativa da dos discos que compõem o Álbum. INSTRUÇÕES PARA UTILIZAÇÃO: Não utilizar com dispositivos de mudança automática de discos. Para melhor reprodução coloque aqui uma moeda de 1 escudo. Venda Proibida.”
Ora, precisamente depois de termos comprado este disco (por 50 cêntimos na Feira de Antiguidades de Coimbra) num estado lastimável e depois de o ter-mos conseguido pôr a tocar com duas moedas de 20 cêntimos na sua superfície, estamos agora em condições de partilhar com os leitores a opinião de José Cid sobre esse lançamento, do qual destacamos a seguinte frase: “.... a nossa música foi finalmente tratada como merece”. Pelo que conhecemos do Artista, acreditamos que José Cid em 1980, acreditava piamente no que estava a dizer.... Ironicamente, nessa altura José Cid ainda estava longe de saber que, uma década depois, teria que posar nú para uma revista em sinal de protesto pelo facto de a música portuguesa não estar a ser tratada como merecia, por não passar nas playlists das rádios portuguesas, em detrimento de música estrangeira.
Felizmente para nós, assistimos hoje a um novo interesse pela música portuguesa em geral, patente em programas de televisão e também em (algumas) rádios, o que nos deixa manifestamente satisfeitos, embora tenhamos consciência de que muito mais haverá a fazer e que nenhuma rádio portuguesa cumpre a legislação em vigor relativa às quotas de música portuguesa. Mas isso são outras questões... fiquem hoje com um excerto desse raro momento fonográfico, registado num disco flexível !
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